Yamadori na Chacara
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Yamadori na Chacara
CELTIS SINENSIS, é uma arvore decídua nativa da China, Coréia e Japão, que pode atingir até 12/20 metros de altura, produzindo flores ao final do inverno e na primavera. Suas folhas são brilhantes de um lado e mais pálida no outro, com veias pronunciadas. A variedade chinesa possui folhas com bordas serrilhadas. Produz bagas de 7-8mm de diâmetro, que quando maduras adquirem tonalidade vermelha/marrom. Essas bagas são distribuídas por aves, raposas e outros meios de dispersão, germinando onde cairem então.
As duas plantas abaixo foram obtidas via estaquia. Após enraizarem, foram replantadas no chão, onde permaneceram por seis anos, sofrendo durante o período apenas podas leves. Há duas semanas, retirei e replantei em caixotes de madeira, visando sua recuperação. Deverão permanecer nesses recipientes pelos próximos tres anos, período em que irão receber tratamento diferenciado, com podas de formação, aramação, seleção de galhos e estruturação inicial, bem como adubação a ser iniciada dentro de 45 dias:
O caixote onde foi replantada fora usado anteriormente para recuperar um ulmus, cedido a outro bonsaista, Braitner Martins:
Na foto abaixo, observa-se o excelente tronco, com um bom diâmetro, e as raízes capilares, mantidas em profusão suficiente para permitir uma boa recuperação da planta durante esse primeiro estágio:
Após ser acondicionada no caixote (que contem no fundo uma camada de caco ceramico, bioplant e areia), as raizes e base foram recobertas com bioplant e areia grossa. Bioplant é um substrato comprado pronto, muito usado por horticultores para a germinação de sementes. Na sua formulação, contem, entre outros componentes, casca de coco e de pinus queimadas e vermiculita. Constitui-se num excelente material auxiliar para recuperação de raízes, bem como para plantas formadas a partir de alporquias:
A outra planta, seguindo o mesmo processo da anterior, trata-se de uma celtis com tronco duplo, fator a ser explorado mais a frente, quando de sua condução e formação estrutural. Aqui, uma mostra de sua base e raiz:
Os troncos apresentam boa conicidade e convergência, devendo porém ser mais reduzidos em sua altura, para ficarem proporcionais e harmonicos. Eis uma visão melhor deles:
As raízes capilares existentes, como sempre, foram preservadas, sendo as mais grossas eliminadas, pois desnecessárias para a sustenção a partir de agora:
Nos cortes grossos, tanto nas raizes quanto nos troncos, foi aplicada cola branca de madeira, com tres demãos intercaladas, visando vedar bem a madeira e impedir a ação de agentes fúngicos negativos bem como apodrecimento prematuro na base:
Futuramente, após estar devidamente recuperada, será necessário voltar a corrigir as raizes, para permitir o envase adequadamente, considerando um vaso com bordas médias. Comparando com o carrinho onde está a planta, na foto abaixo, percebe-se claramente a necessidade dessa futura intervenção:
O caixote teve que ser construido no local, para facilitar a acomodação da planta:
Primeira forração com uma camada de caco ceramico. Em seguida, areia grossa de rio, sem peneirar:
Sobre a areia, uma camada de Bioplant, justamente no ponto em que a planta deverá ser estabilizada:
Após espalhar bem o substrato, acondiciona-se a planta, postada sobre a base Bioplant:
Uma nova camada de Bioplant é despejada sobre as raízes, sendo oportunamente recoberta com mais areia grossa. Esse substrato é o ideal, ao menos para o clima de Brasilia, para a recuperação dessa espécie, nessas condições:
Nesta foto, observa-se bem o corte efetuado nos troncos, visando sua redução:
Devidamente "envasada", a planta irá receber o mesmo tratamento que a outra próxima, ou seja: poda de manutenção e formação, aramação, adubação, etc. Com isso, aos poucos, e pelos próximos anos, poderei formar lindos bonsai a partir desse material bruto:
Infelizmente, aqui no cerrado do planalto central, conquanto tenhamos lindos espécimes com troncos retorcidos e corticosos, pouquissimas espécies podem ser retiradas e convertidas em bonsai. Por isso, a maioria de nós, que dispomos de um bom espaço, optamos pelo cultivo no solo, que rende em poucos anos bons troncos com que trabalhar e formar lindos bonsai.
Alguns podem achar isso um tanto demorado, e têm razão em pensar assim. Mas fazer bonsai é algo extremamente prazeiroso, e se podemos fazer isso desde uma etapa bem inicial, então teremos ainda mais gratificação pessoal em apresentar um bom trabalho ao final do percurso. Claro que, enquanto as plantas estão em crescimento no chão, podemos fazer outros mil e um trabalhos com outras plantas, bonsai ou pré, existentes no viveiro, enquanto aguardamos, dessa maneira tranquila e paciente, o momento certo de retirar as plantas do chão e trabalhar duro, para formar nelas algo digno de satisfação pessoal e prazer visual para os admiradores e apreciadores da nobre arte bonsai.
As duas plantas abaixo foram obtidas via estaquia. Após enraizarem, foram replantadas no chão, onde permaneceram por seis anos, sofrendo durante o período apenas podas leves. Há duas semanas, retirei e replantei em caixotes de madeira, visando sua recuperação. Deverão permanecer nesses recipientes pelos próximos tres anos, período em que irão receber tratamento diferenciado, com podas de formação, aramação, seleção de galhos e estruturação inicial, bem como adubação a ser iniciada dentro de 45 dias:
O caixote onde foi replantada fora usado anteriormente para recuperar um ulmus, cedido a outro bonsaista, Braitner Martins:
Na foto abaixo, observa-se o excelente tronco, com um bom diâmetro, e as raízes capilares, mantidas em profusão suficiente para permitir uma boa recuperação da planta durante esse primeiro estágio:
Após ser acondicionada no caixote (que contem no fundo uma camada de caco ceramico, bioplant e areia), as raizes e base foram recobertas com bioplant e areia grossa. Bioplant é um substrato comprado pronto, muito usado por horticultores para a germinação de sementes. Na sua formulação, contem, entre outros componentes, casca de coco e de pinus queimadas e vermiculita. Constitui-se num excelente material auxiliar para recuperação de raízes, bem como para plantas formadas a partir de alporquias:
A outra planta, seguindo o mesmo processo da anterior, trata-se de uma celtis com tronco duplo, fator a ser explorado mais a frente, quando de sua condução e formação estrutural. Aqui, uma mostra de sua base e raiz:
Os troncos apresentam boa conicidade e convergência, devendo porém ser mais reduzidos em sua altura, para ficarem proporcionais e harmonicos. Eis uma visão melhor deles:
As raízes capilares existentes, como sempre, foram preservadas, sendo as mais grossas eliminadas, pois desnecessárias para a sustenção a partir de agora:
Nos cortes grossos, tanto nas raizes quanto nos troncos, foi aplicada cola branca de madeira, com tres demãos intercaladas, visando vedar bem a madeira e impedir a ação de agentes fúngicos negativos bem como apodrecimento prematuro na base:
Futuramente, após estar devidamente recuperada, será necessário voltar a corrigir as raizes, para permitir o envase adequadamente, considerando um vaso com bordas médias. Comparando com o carrinho onde está a planta, na foto abaixo, percebe-se claramente a necessidade dessa futura intervenção:
O caixote teve que ser construido no local, para facilitar a acomodação da planta:
Primeira forração com uma camada de caco ceramico. Em seguida, areia grossa de rio, sem peneirar:
Sobre a areia, uma camada de Bioplant, justamente no ponto em que a planta deverá ser estabilizada:
Após espalhar bem o substrato, acondiciona-se a planta, postada sobre a base Bioplant:
Uma nova camada de Bioplant é despejada sobre as raízes, sendo oportunamente recoberta com mais areia grossa. Esse substrato é o ideal, ao menos para o clima de Brasilia, para a recuperação dessa espécie, nessas condições:
Nesta foto, observa-se bem o corte efetuado nos troncos, visando sua redução:
Devidamente "envasada", a planta irá receber o mesmo tratamento que a outra próxima, ou seja: poda de manutenção e formação, aramação, adubação, etc. Com isso, aos poucos, e pelos próximos anos, poderei formar lindos bonsai a partir desse material bruto:
Infelizmente, aqui no cerrado do planalto central, conquanto tenhamos lindos espécimes com troncos retorcidos e corticosos, pouquissimas espécies podem ser retiradas e convertidas em bonsai. Por isso, a maioria de nós, que dispomos de um bom espaço, optamos pelo cultivo no solo, que rende em poucos anos bons troncos com que trabalhar e formar lindos bonsai.
Alguns podem achar isso um tanto demorado, e têm razão em pensar assim. Mas fazer bonsai é algo extremamente prazeiroso, e se podemos fazer isso desde uma etapa bem inicial, então teremos ainda mais gratificação pessoal em apresentar um bom trabalho ao final do percurso. Claro que, enquanto as plantas estão em crescimento no chão, podemos fazer outros mil e um trabalhos com outras plantas, bonsai ou pré, existentes no viveiro, enquanto aguardamos, dessa maneira tranquila e paciente, o momento certo de retirar as plantas do chão e trabalhar duro, para formar nelas algo digno de satisfação pessoal e prazer visual para os admiradores e apreciadores da nobre arte bonsai.
nickyfury- Mensagens : 3
Data de inscrição : 20/11/2010
Re: Yamadori na Chacara
Amigo Nicky !!!!!!!!!
Obrigada por estar entre nós, me sinto gratificada, tenha a mais absoluta certeza...
Adorei sua postagem, super elucidativa e bem didática como é sua prática...
Aproveito para solicitar que poste suas plantas para que todos possamos conhecer.
Obrigada pela aula.
SOU DO BEM !!!!
PRATICO BONSAI !!!!!!
Bjks
Angela Fernandes
Obrigada por estar entre nós, me sinto gratificada, tenha a mais absoluta certeza...
Adorei sua postagem, super elucidativa e bem didática como é sua prática...
Aproveito para solicitar que poste suas plantas para que todos possamos conhecer.
Obrigada pela aula.
SOU DO BEM !!!!
PRATICO BONSAI !!!!!!
Bjks
Angela Fernandes
Angela Fernandes- Mensagens : 2116
Data de inscrição : 16/11/2009
Idade : 81
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